quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pré-requisitos

No início, no ponto de partida, no tempo racional a análise é feita, a decisão ou a opinião é formada.
Um não! Um não redondo por razões óbvias e concretas. Por uma vida que não cola com a outra e porque por alguma razão não segue o que se quer.

Porque já o Rui Veloso cantava, "não se ama alguém que não ouve a mesma canção".
Não dá, não resulta. Pura e simplesmente existem incompatibilidades que com o tempo a passar, elas criam relevo... Aumentam as diferenças e a visibilidade nua e directa. Daí para o resultado certo é um passo.
Não se acredita no "Amor e uma Cabana". Não se é sonhadora e muito menos romântica a esse ponto.

Sempre fui assim desde que me conheço. Confesso que algumas vezes, não muitas me distanciei deste meu ponto, mas nunca o esqueci. Ressalvou-me em alguns momentos criando reservas... Que hoje agradeço...

Terei eu a fórmula de sucesso?
Saberei como e quem direccionar?
Vale a pena essa base de pressuposto?
Olhando friamente, a resposta é simples... Não me parece de todo. Por todas e mais alguma razão. (!!)
Não é o "tipinho" mais ou menos pré definido que poderá fazer sorrir e olhar duas e três vezes.. Fácil, facílimo perceber isso. Mas também se não for, complica-se.

Há sempre a ideia que cresce em nós e desenvolve-se à medida que o nosso corpo vai crescendo. Passa-se de ideias de barbies a outras mais consistentes e não palpáveis. Os nossos pré-requisitos vão entranhando em nós e não nos soltam.
Pontos estes que são totalmente independentes da capacidade de gerar brilho, mas a não existência deles cria resistência e medo do que se pode perder se não continuarmos o nosso caminho..

Claro está que há relações e ralações distintas. Há situações sérias e outras menos. E toda esta teoria varia os níveis de exigência ou importância.
Para passar umas horas prolongados a alguns dias tudo isto não faz sentido...
Não faz?...

Voltando ao ponto de partida...
Sabe-se que não. Não se consegue olhar nem um pouco mais à frente...
O que se faz? Vai-se embora?

Aqui está o problema do ser humano. Não vai. Sabe que não quer, ou pelo menos sabe até onde quer. Mas chama e apela o outro...
Aqui geralmente as vontades caminham para ser distintas e também o grau de envolvimento. E é aqui que geralmente alguém se magoa.

Desvalorizando um pouco este ciclo vicioso pode dizer-se que isto já aconteceu a todos e a cada um de cada lado. Além disso, o magoar é relativo. São raras as situações em que surge o grande amor. Serão situação fáceis e rápidas de esquecer, só mais complicadas de ultrapassar por causa do Ego...
Mesmo assim, fará sentido magoar alguém? Por mais indolor que seja?

São opções egoístas e nutrem directamente o nosso bem estar.
Porquê entrar no espaço quando se sabe que não se quer correr, apenas caminhar...
E isso consegue-se?
Mesmo tendo passado pelo outro lado?

Será a inteligência emocional assim tão difícil? A batalha entre o certo e o errado, e o que se deve e não fazer. Mexe com o ego e a atracção que existe, que normalmente não quer ser combatida mas sim saciada.
Já somos adultos, já fazemos o que queremos...
É precisamente esse o problema.

2 comentários:

  1. Acho que podias começar a pensar em editar um livro com estes teus pensamentos!! Está brutal!!
    O nome do livro podia mesmo ser
    "Por estes lados"
    Um beijinho
    Cris

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  2. "Mesmo tendo passado pelo outro lado?"
    So passas para o outro lado, se o outro lado for um espelho ;)
    Beijooooooooooos*

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