quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Timing, Risco, Sorte

No dia 31 de Dezembro à meia noite fechamos os olhos e pedimos desejos.
Em certas alturas definidas do ano, como o aniverário ou final do Verão definimos certos objectivos...

No mundo dos desejos e objectivos há os que dependem directamente de nós, da nossa determinação, da nossa força e vontade de luta. Uma acção certa é um passo à frente...
Mas, há também os outros...
Há aqueles que não dependem directamente de nós. Não se podem medir e por isso não podemos saber se estamos a chegar mais perto, ou se as nossas acções nos distanciam mais daquele sítio.. ou coisa..ou pessoa...ou sentimento...

Passei uns tempos a pensar o que se podia fazer nestes casos. Como pode um ser humano desejar e conseguir chegar ao outro lado do arco íris?
Nunca desistir e ter a esperança que lá se chega é como noutros casos trabalhar 10 horas seguidas para obtenção da promoção tão ambicionada...

Mas, existem 3 factores que para mim, são fundamentais na prossecução destes objectivos:

1. Timing
O intervalo temporal em que vivemos, o tempo em que sentimos determinadas emoções é determinante para se viver na plenitude emoções ou não.
Se o timing não te carrega ou te pesa; se o Timing não é uma hiperbole nas lágrimas ou do exagero do riso; se o Timing não pede liberdade; se o timing não diz que chegou a hora; se o timing olha mais para a direita que para o outro lado...
O timing não é mais que uma pirâmide de necessidades e prioridades vivida naquele momento.
E se pedem ar quando só temos água...
O timing existem em cada uma das partes intervenientes, assim são precisos dois timings pertinho para colar e unir.

2. Aversão ao Risco
As iguais probabilidades de sermos passíveis a amor e sorrisos ou a lágrimas ou peso no coração, faz ponderar muitas vezes o passo à frente.
O medo de se ficar nú no meio da praça, e olhares piedosos no meio da multidão após escorregadela na subida da escalada faz recear arriscar.
Não arriscar para não errar, não arriscar para não chorar e não arriscar para não perder.
Arriscar, lutar contra ventos e chuva, esforço e suor normalmente leva-nos lá, ao arco íris, lá em cima.
O risco é a determinação da vontade.
Mas quem tenta e vai em frente tem a inevitabilidade do sucesso? Se há risco, há compensação?
Pode não haver, mas fundamentalmente a sensação de dever cumprido e se ter percorrido os caminhos passíveis de serem pisados..
(Até a um ponto, a parir daí não é risco ou tentativa.. É parvoice! ) - E quem desiste, sabe alguma coisa disto?
"Quem não arrisca não petisca" e "A sorte protege os audazes".

3. Sorte
Termo ou palavra cujo efeito é completamente independente de nós?
Acredito que muita sorte é resultado de trabalho, de não desistência de traços e caminhos, de preserverança e luta bem consciente. Esta sorte é boa, esta sorte é compensatória. E apesar de não se ter intervido directamente no resultado, é nitidamente resultante de energia dispensada.
Há a outra. A que insere cenários distintos que ninguém imaginaria, que traz variáveis de sorrisos, acontecimentos anteriores que pareciam neutros mas que geraram caminhos e vidas não sonhadas sequer. Ouve-se "Tiveste tanta sorte!", ouve-se "Foi a melhor coisa que te aconteceu"... Sorte ou destino? Isso agora...
A sorte em momentos decisivos é uma linha contínua sempre acima do eixo (0,0).
Este factor sozinho seria determinante para a meia noite de 31 de Dezembro ser certeira.È por isso acho que aqui só podemos esperar que alguém ou algo se lembre de nós...


Sei que há tantas outras coisas que podem influenciar na chegada ao arco-íris.
Mas reparem, em toda a vossa vida, quantas cenas falharam por falta de timing,falta de risco ou falta de sorte?

Quem disse que era fácil? Mas quem disse que era difícil?
:)




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